Vamos falar sobre perda de urina com o envelhecimento?

Muitas pessoas acham que é normal perder urina à medida em que vai ficando mais velha. Não é! Durante toda a vida, nosso corpo passa por mudanças: na infância, nascem os dentes, o corpo cresce e aprendemos a nos comunicar; na adolescência, a voz muda, aparecem pelos e espinhas e as emoções ficam instáveis; na senescência – fase da vida associada ao envelhecimento – também ocorrem modificações normais em vários órgãos e sistemas. Entretanto, a senescência isoladamente não causa incontinência urinária, mas como diversas outras condições de saúde, seu risco é aumentado pelas condições de vida e de saúde ao longo da vida e por doenças. No caso da incontinência, obesidade, partos traumáticos, constipação intestinal, tosse crônica e problemas na próstata são algumas das situações que favorecem a ocorrência da perda urinária.
Mas na maioria dos casos, a perda de urina pode ser prevenida ou tratada. Algumas perdas podem ser rapidamente revertidas, como as causadas pelo uso de alguns medicamentos ou associadas à infecção urinária. Cada caso deve ser cuidadosamente avaliado e as possibilidades de tratamento discutidas entre a equipe de saúde e o paciente. De acordo com o tipo de perda de urina podem ser indicados medicamentos, fisioterapia, mudanças comportamentais ou cirurgia. Vamos falar um pouco mais sobre os tipos de perda de urina e a forma de tratamento nos próximos posts.

Juliana Magalhães Machado Barbosa, fisioterapeuta da Elza Baracho Fisioterapia, doutoranda em Ciências da Reabilitação pela UFMG, professora do UNIBH.

Juliana Magalhães Machado Barbosa | Clínica Dra. Elza Baracho

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